Panfletando, pra não perder o hábito
Pra quem não sabe, Queer as Folk é um seriado gay originalmente inglês, regravado no Canadá pra ser passado na televisão americana, e que já acabou. De forma geral, acho interessante, não só pela historinha envolvente, mas porque mostra (parte da) diversidade do mundo gay e porque tem um posicionamento político próximo ao meu -- o de que a luta dos gays é para serem respeitados pela sociedade sem terem de fazer concessões à "moral e aos bons costumes". Mas também não vai muito além disso: alguns episódios alegram, outros entristecem, outros causam revolta, tudo dentro do esquemão previsível.
Até que eu vi o primeiro capítulo da quarta temporada e foi um grande soco no estômago. Passamos o episódio nos familiarizando com um travesti que abre diversas cenas cantando standards americanos. Pois bem: sem fazer parte da história, sem ser o mote para o "problema do dia", mas pelo contrário, quando tudo já está resolvido e os créditos vão aparecer, temos de assistir nosso conhecido travesti sendo espancado, sem motivo algum que não homofobia, enquanto vão se alternando com isso as imagens dos nossos personagens conhecidos, voltando pra casa sorridentes, e, o que é mais emblemático, também as imagens do travesti cantando, feliz demais, uma música animada.
Não me lembro de nunca terem sido tão bem mostradas a profunda dor e a profunda delícia que vêm sempre e ironicamente juntas nessa vida de veado.
The hills are alive...
Até que eu vi o primeiro capítulo da quarta temporada e foi um grande soco no estômago. Passamos o episódio nos familiarizando com um travesti que abre diversas cenas cantando standards americanos. Pois bem: sem fazer parte da história, sem ser o mote para o "problema do dia", mas pelo contrário, quando tudo já está resolvido e os créditos vão aparecer, temos de assistir nosso conhecido travesti sendo espancado, sem motivo algum que não homofobia, enquanto vão se alternando com isso as imagens dos nossos personagens conhecidos, voltando pra casa sorridentes, e, o que é mais emblemático, também as imagens do travesti cantando, feliz demais, uma música animada.
Não me lembro de nunca terem sido tão bem mostradas a profunda dor e a profunda delícia que vêm sempre e ironicamente juntas nessa vida de veado.
The hills are alive...
1 Comments:
o quanto nessa panfletagem existe de uma tentativa de ju de aumentar a sua auto-estima?
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