Ficção
Duas vezes onze mais três homens estão no campo. Correm atrás da bola e sem ela, suam, vão na canela. O juiz juíza, os bandeirinhas bandeiram. No time cinza, um empurra a cadeira de rodas de outro, que vai meio de olhos fechados, cara de bêbado, cansado ou não-dormido. Não parece que está muito lá.
Os outros cinzas se esfalfam pra passar pelos azuis, trazer a bola pra área, cruzar. Nesta hora exata, o da cadeira abre os olhos, levanta, pula e cabeceia direto pro gol. Certeiro como quando ainda era vivo, era gente.
Sorri, espremido entre a glória do que restou e a miséria do que perdeu.
Os outros cinzas se esfalfam pra passar pelos azuis, trazer a bola pra área, cruzar. Nesta hora exata, o da cadeira abre os olhos, levanta, pula e cabeceia direto pro gol. Certeiro como quando ainda era vivo, era gente.
Sorri, espremido entre a glória do que restou e a miséria do que perdeu.
2 Comments:
pode(ria) ser um relato de sonho. e, de qualquer forma, é tu, né?
Nunca tinha visto deste modo....são os significados...
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