Requiem for a dream, ou A volta das três melancolias que cirandam.
A metáfora, de tão gasta, já rasgou. Mas quando a realidade nega os manuais de estilo, cedo à mera narração dos fatos, tal como aconteceram.
No meu primeiro namoro eu ganhei um bonsai. Ambos não duraram nem um mês.
No meu segundo namoro eu ganhei um pé de manjericão que me rendeu inúmeros jantares felizes. Às vezes zeloso, às vezes relapso, vi o pezinho vicejar e murchar, vicejar e murchar, até que, depois de anos, estava feio e disforme, mas ainda vivo. E só morreu mesmo quando já havia um vasinho de flores vermelhas ao seu lado.
Esse último vasinho eu mesmo comprei, no meu terceiro namoro. Pequeno, delicado, fresco, feliz, um vasinho de supermercado. Mas hoje abri a porta da varanda e vi que também ele morreu.
E sem pêsames, por favor, que não estou para derramamentos.
No meu primeiro namoro eu ganhei um bonsai. Ambos não duraram nem um mês.
No meu segundo namoro eu ganhei um pé de manjericão que me rendeu inúmeros jantares felizes. Às vezes zeloso, às vezes relapso, vi o pezinho vicejar e murchar, vicejar e murchar, até que, depois de anos, estava feio e disforme, mas ainda vivo. E só morreu mesmo quando já havia um vasinho de flores vermelhas ao seu lado.
Esse último vasinho eu mesmo comprei, no meu terceiro namoro. Pequeno, delicado, fresco, feliz, um vasinho de supermercado. Mas hoje abri a porta da varanda e vi que também ele morreu.
E sem pêsames, por favor, que não estou para derramamentos.
4 Comments:
"As flores de plástico não morrem", mas de que nos servem?
Saudades, Ju
quer coisa gasta? regue.
;)
quer dançar a conga nu numa mesa de boteco na lagoa comigo?
;D
Primo distante, que bom ver o retorno do poeta nesse vento de agosto, agora sim, já acabado. As suas memórias são doces, me lembram muita coisa que não vivi e que em algum canto, alguém viveu... beijo. Erica.
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