4x2012
1. É apenas um filme americano de catástrofe. É aquilo mesmo. As explosões, as perseguições, os valores de "lealdade ao espírito deste país", os presidentes heróis... E quem me conhece sabe o quanto eu não tenho mais paciência para nada diso...
2. Isto dito, as duas primeiras perseguições são fenomenais. Talvez porque não se trata de mocinho x bandido, mas de mocinho x planeta terra entrando em colapso. Ver arranha-céus inteirinhos deslizando, ver uma "decolagem" em que não é o avião que sobe, é o chão que desce, me fez me sentir com 10 anos de novo. Uma delícia.
3. Legal é ver que os heróis mudaram. Bonzinhos, altruístas, dispostos a arriscar a vida, eles ainda são. Mas não são mais aqueles caras durões e musculosos, e sim uns nerds escritores fracassados, cientistas sem adolescência. Deu pra me identificar (e agora, escrevendo isso, minha falta de identificação com os durões musculosos começa a explicar minha raiva dos filmes de ação).
4. Finalmente, talvez o mais interessante: depois do final idiota de sempre, uma bela ironia. Depois que o mundo acaba, alguns milhares de pessoas se salvam em três naves: uma dos Estados Unidos, uma para Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Canadá (eles devem achar o Canadá muito europeu ou muito grande pra dividir uma nave com eles), uma para Japão, China e Rússia (devem ser os "asiáticos estranhos, porém poderosos"). América Latina não existe, aparece apenas numa notícia de televisão da Globo News, com o Cristo desmoronando. África, não aparece nem na televisão. Mas, quando a poeira baixa, eles descobrem: a terra que restou, a terra prometida, é a África, que segundo um dos cientistas, "provavelmente nem foi atingida... é por isso que é o Cabo da Boa Esperança". Então bilhões de pessoas morrem, os poderosos se rasgam em operações de guerra para salvar alguns milhares... e a África, lá, podendo ter salvo todo mundo, esquecida.
2. Isto dito, as duas primeiras perseguições são fenomenais. Talvez porque não se trata de mocinho x bandido, mas de mocinho x planeta terra entrando em colapso. Ver arranha-céus inteirinhos deslizando, ver uma "decolagem" em que não é o avião que sobe, é o chão que desce, me fez me sentir com 10 anos de novo. Uma delícia.
3. Legal é ver que os heróis mudaram. Bonzinhos, altruístas, dispostos a arriscar a vida, eles ainda são. Mas não são mais aqueles caras durões e musculosos, e sim uns nerds escritores fracassados, cientistas sem adolescência. Deu pra me identificar (e agora, escrevendo isso, minha falta de identificação com os durões musculosos começa a explicar minha raiva dos filmes de ação).
4. Finalmente, talvez o mais interessante: depois do final idiota de sempre, uma bela ironia. Depois que o mundo acaba, alguns milhares de pessoas se salvam em três naves: uma dos Estados Unidos, uma para Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Canadá (eles devem achar o Canadá muito europeu ou muito grande pra dividir uma nave com eles), uma para Japão, China e Rússia (devem ser os "asiáticos estranhos, porém poderosos"). América Latina não existe, aparece apenas numa notícia de televisão da Globo News, com o Cristo desmoronando. África, não aparece nem na televisão. Mas, quando a poeira baixa, eles descobrem: a terra que restou, a terra prometida, é a África, que segundo um dos cientistas, "provavelmente nem foi atingida... é por isso que é o Cabo da Boa Esperança". Então bilhões de pessoas morrem, os poderosos se rasgam em operações de guerra para salvar alguns milhares... e a África, lá, podendo ter salvo todo mundo, esquecida.
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