Manuscrito de avião, pós-Caio Fernando Abreu
Então: a gente vai vivendo e vai ficando mais amargo e mais doce. Não: a gente vai vivendo e vai ficando mais gasto e mais macio. Melhor. Mas tentemos então com mais palavras: a gente vai vivendo e sofrendo a (ação da) vida e vai entendendo (entendendo não, que entender não adianta), vai sentindo sabendo que as coisas são mais complexas do que pareciam quando éramos jovens. E então a gente vai dando mais valor, ou menos valor, a elas, e vai sendo mais leve.
(Quando quem nunca escreve começa a escrever está se perdendo ou se achando?)
Mas desse palavrório todo, o que me interessa é entender como é que de pancada em pancada a gente vai ficando mais duro e menos duro ao mesmo tempo.
Mas desse palavrório todo, o que realmente me interessa mesmo é entender como ao mesmo tempo em que percebo como motel é uma coisa broxante (quando antes, pra mim, motel, escada de prédio e meu quarto eram uma coisa só) eu perco totalmente o medo da broxada.
(Quando quem nunca escreve começa a escrever está se perdendo ou se achando?)
Mas desse palavrório todo, o que me interessa é entender como é que de pancada em pancada a gente vai ficando mais duro e menos duro ao mesmo tempo.
Mas desse palavrório todo, o que realmente me interessa mesmo é entender como ao mesmo tempo em que percebo como motel é uma coisa broxante (quando antes, pra mim, motel, escada de prédio e meu quarto eram uma coisa só) eu perco totalmente o medo da broxada.
2 Comments:
eu gosto da forma como vc escreve.sim. Gosto muito!
Eu gosto de motel.. não acho nada broxante!!
Qdo a gente mora num lugar onde não existe motel, que a gente vai visitar os pais e não pode fazer grandes coisas na nossa antiga caminha de solteiro, a gente da muito valor a motel! E se diverte um bocado tb!!!
Bjo bjo
Postar um comentário
<< Home