Um espírito qual um lago profundo, é isso.
A pedra cai, rompe a linha tesa da superfície, e trai barulho, espuma e ondas, nessa ordem, que logo desaparecem, nessa ordem.
Continua afundando e afundando no cada vez mais escuro e silencioso até que nada mais haja para ver ou ouvir.
Chega ao fundo, se choca contra o macio lodoso da sedimentação desde sempre: perturba o que há de mais recôndito no lago: desperta o monstro horrendo. Mas isso só tanto tanto tempo depois do barulho, espuma e ondas.
(imagem: estudo para Mandrágora, 1)
1 Comments:
excelente.
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