Três mulheres e um chocolate
Não que isso me sirva muito, e, no reino das avelãs, há quem prefira Nutella, mas...
Descobri uma ótima estratégia para tirar sorrisos encantados de mulheres: o recurso ao Ferrero Rocher. Tendo ganhado quase por acaso uma caixa deles (e sem ter como colocar pra dentro tanto chocolate em tempos de Páscoa, quando ovos e quetais abundam) os saí distribuindo com prodigalidade, digamos, calculada.
Entenda-se: não se trata aqui de presentes (pois nisto suponho que as mulheres continuam preferindo diamantes), mas de inesperados e gratuitos mimos, que (neste momento, surpreendo-me) as tiram por uns segundos da existência sensaborona e as colocam como (sentimento atávico re-sentido desde sempre) deusas-pequenas, especiais entre as outras-iguais.
O mesmo sorriso repetiu-se, sem exceções, como para me confirmar a validade do expediente, com três nomes: Lysianne, Isabel e Berthilde. Se a primeira, dias depois do fato, continuava a me tratar com favor especial, e a segunda se iluminou à vista do pomo-de-ouro-bonsai (e nisto talvez resida, no inconsciente coletivo, o encanto do brinquedo), que nem a ela era dirigido, a terceira me perdoou um pequeno atraso e um pequeno mal-entendido – com indisfarçada alegria.
O Ferrero Rocher é o buquê de rosas embalado em papel laminado.
1 Comments:
é o dom juan!
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