Notas sobre nós (nenhuma surpresa pra quem disse que eu ia escrever sobre isso)
Que fique claro: Nó, Colker, Paulo Pontes, 28 de março, 21h.
Um nó, um monte de nós, e variações sobre eles: se fazendo, desfazendo, refazendo: nó de estar junto, nó de estar preso.
Nunca antes nessa companhia aqueles movimentos de quadril que só o grupo Corpo; nem o povo bronco da platéia reclamando de monotonia; nem esse lirismo, nem esse apego ao chão; nem minha entrega sem preconceito.
Mil cordas pendem do céu: mil possibilidades de nós, que se fazem cá embaixo nas pessoas do palco, sem (finalmente!) precisar de escaladas ou acrobacias.
Uma caixa transparente, onde tudo é dentro-fora, encontro, desencontro: a mulher, sozinha, presa, e a música cantando o amor que não vai haver. A caixa roda sobre si mesma, presa a seus próprios ciclos, fadada a não sair do lugar: realmente, o amor não vai haver.
(imagem: estudo para Mandrágora, 2)
4 Comments:
sim. agora confesse que você viu o espetáculo terça e escreveu isso de ontem pra hoje, com todo o tempo do mundo. vá.
ooosaaadiiia!
Ahhh vai te lascar!
Gostei mesmo deste blog!!!
farei daqui minha rota na blogosfera, sempre.
abraço.
e eu queria ter ido que só!
=~
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