quarta-feira, maio 02, 2007

Três melancolias cirandam devagar


I.
O cheiro é de fim de festa
e as tantas pontes enfeitadas, quando desnudas
– e as luzes se apagam, ou se acendem –
são labirintos.

II.
Eu, e minhas sombras por companhia,
saímos para um café,
que derramou-se em meu jantar,
que ficou imprestável.

III.
Cercado de água pelo lado de dentro,
atiro o lenço que resta (bordado).
Se alguém o toma, e vem, ou ninguém,
já não respondo.

3 Comments:

Blogger Thiago said...

Gosto muito do que o senhor escreve, viu? Isso é sério!!
:)

quarta-feira, maio 02, 2007 11:55:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

se nem tudo é ou se torna o que esperamos, algumas coisas - de tão concretas! - sempre foram e sempre vão ser o que nunca deixaram de ser. até que desapareçam pra sempre.

quinta-feira, maio 03, 2007 2:10:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

abstraia o "sempre foram e". ai, meu pai! desisto por hoje.

quinta-feira, maio 03, 2007 2:17:00 AM  

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