Três melancolias cirandam devagar
I.
O cheiro é de fim de festa
O cheiro é de fim de festa
e as tantas pontes enfeitadas, quando desnudas
– e as luzes se apagam, ou se acendem –
são labirintos.
II.
Eu, e minhas sombras por companhia,
II.
Eu, e minhas sombras por companhia,
saímos para um café,
que derramou-se em meu jantar,
que ficou imprestável.
III.
Cercado de água pelo lado de dentro,
atiro o lenço que resta (bordado).
Se alguém o toma, e vem, ou ninguém,
já não respondo.
3 Comments:
Gosto muito do que o senhor escreve, viu? Isso é sério!!
:)
se nem tudo é ou se torna o que esperamos, algumas coisas - de tão concretas! - sempre foram e sempre vão ser o que nunca deixaram de ser. até que desapareçam pra sempre.
abstraia o "sempre foram e". ai, meu pai! desisto por hoje.
Postar um comentário
<< Home