domingo, abril 23, 2006

no meio do nevoeiro


Eu estou confuso da cabeça. Não que eu pudesse estar confuso dos pés (até que podia, na verdade), mas o caso é que tem muitas pequenas coisas nebulosas, ou em loop, aqui dentro. São idéias que eu não sei se já escrevi, ou que ficaram me rondando tanto tempo antes de virar post que acabaram parecendo reais; tarefas que eu não sei se cumpri ou se ainda estou devendo; e até fotos que eu vejo pela primeira vez mas parecem já vistas.

Não sei se eu consegui superar a dimensão tempo e agora estou num absoluto onde futuro e passado se misturam... ou se é overdose de diclofenaco... ou se é porque esse fim de semana foi repeteco do de quinze dias atrás. O caso é que se este texto causar um dèja-vu, não é uma falha na Matrix, mas minha mesmo (pelo menos a citação da Matrix eu tenho certeza que é repetição do post sobre V de Vingança).

Sexta foi feriado, com céu nublado e chuva. Fui comer moqueca do lado de dentro da Baía com Luís Macarrão, Neusa e umas amigas deles. Rodapés: Luís Macarrão é meu colega de mestrado, paulista-engenheiro-advogado-administrador muito gente boa, Neusa é a esposa dele (um doce) e as amigas deles eu não conhecia, mas basta dizer que duas delas são professoras sorridentes de gastronomia. Já a Baía é o acidente geográfico que deu nome a este estado da federação, e Salvador fica mesmo em uma de suas entradas. O lado de fora da Baía é a nova Salvador da classe média alta (algo como Cabo Branco a Intermares), enquanto o lado de dentro é a velha Salvador com uma mistureba de gentes (algo como Torre e Jaguaribe, só que com vista prum litoral todo recortado, cheio de enseadas, barquinhos e pescadores). O lado de dentro é mais bonito, mais complexo e mais interessante.

Nossa moqueca da vez foi num lugar chamado Boca de Galinha (o nome NÃO está na porta), à beira do mar e da linha do trem, num bairro chamado Plataforma, no meio de uma quase-favela chamada São João, com vista pruma das enseadas de que falei. A sobremesa foi no outro lado da enseada: o tradicional sorvete do tradicional bairro da Ribeira (cheio de casas, casinhas e casonas ecléticas). O mais incrível, hehehe, é que da Ribeira também se vê a Plataforma (vide foto)! O café foi no bairro de Santo Antonio, na casa de um amigo das amigas – mais um daqueles gringos arquitetos que vieram, ficaram, compraram uma casinha no centro histórico e a transformaram numa pequena jóia.

A propósito, e antes que alguém diga, esse blog tá parecendo um guia de Salvador em capítulos.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

veja, não fique tão confuso com esse fds (sei q a questão não é essa, mas me deu vontade de falar desse jeito mesmo): vc viu o dentro e o fora e a moqueca. confere, depois, como foi o meu fds... :D

domingo, abril 23, 2006 11:29:00 AM  

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