Meu vizinho superstar
Este não é mais uma post “arte pública em Salvador”, mas bem que poderia ser.
A figura aí em cima, com seu chapéu de palha e seu balde, é nosso vizinho mais sonoro. Ele guarda carros, toma banho e lava roupas em frente à nossa casa... e canta. Muito e alto, todos os clássicos do axé, conhecidos e desconhecidos, desde “Elegibô” até “Nosso amor já é”, acompanhados das saudações ao público “Tá bonito demais gente!” e “Comigo!”. Às vezes, ele dança também, de forma meio furtiva, em frente aos vidros espelhados dos carros. A impressão é que ele está esperando ser descoberto por algum executivo da Warner.
Ele tem um cortejo de quatro cachorros que o acompanham (até semana passada eram só três): um preto, um branco, um marrom (com coleira e penduricalho) e uma malhada (chamada Princesa; ele sempre grita por ela). Não sei o nome dele, nem de que ele vive exatamente ou onde dorme. Mas nunca esqueço de sua existência, especialmente quando quero estudar num sábado à tarde ou domingo de manhã e sou subitamente interrompido por Bell Marques em sua versão da Rua Doutor João Pondé.
Ontem de manhã, pra completar de encher a bola do rapaz, apareceu a televisão aqui na porta de casa, pra entrevistar e filmar o moço. Avaliem onde essa egotrip vai parar agora...
1 Comments:
grande figura. gosto dessas histórias. :)
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