Arte pública em Salvador 3
Ponto alto e baixíssimo, simultaneamente, do grafite em Salvador. O cara (Denis Sena, claramente assinado), faz um desenho gostoso, um traço fluido, sintético e elegante. De novo, nada de crise e provocação, mas uma conciliação de ilustrador de Revista Veja. Só que aí vem a pior parte: ele é contratado da prefeitura para embelezar muros feios. Eles têm um projeto, aqui, de cooptar e tornar assalariados os grafiteiro, que assim “se incorporam à sociedade” e deixam de ser uma “ameaça”. E, o pior de tudo, esse muro feio aí da figura é a nova sede da Perini, uma mistura de Padaria Bonfim, De Passagem e Paço dos Leões, o paraíso da pequena buguesia local. O que significa que temos um ex-grafiteiro, pago pela prefeitura, para fazer propaganda dessa empresa, e, ainda por cima, o desenho sai interessante.
4 Comments:
falta de liberdade?
bom...é uma venda, mas uma venda inócua (q fazer?)... É o sistema.
É o sistema, mas eu reclamo e estrebucho. Principalmente porque é o contrário de uma forma de arte que devia pura subversão...
Há muito tempo a arte faz parte do capitalismo,compra quem quer.
As minhas subversões estão por aí, basta procurar.
Tudo é uma questão de maladragem, acredite quem quiser...queu paga impostos e tenho meus direitos de ter o dinheiro.
Axé!
Tem 2 conceitos imporm=ntes na história do graffiti: Produção gratuita e comercial.
Se quiser entender mais, compre o livro o que é graffiti, da editora passos.É uma referência para quem anda por aí,citando nomes de quem trabalha e é honesto.
Blá,bla,blá...
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