Ligue o foda-se e seja feliz
Parte 1, sexta à noite
Meus fins de período são sempre fins de período. Provavelmente se um dia for professor, eles vão continuar sendo fins de período. Talvez até quando eu for aposentado eles continuem vindo como o natal e os verões, só que sem data certa. Não sei se é um estranho vício, uma falha minha ou uma contingência da vida, ou os três deles, mas todos os trabalhos sempre caem em cima da minha cabeça na última hora, e o que é pior, caem sempre junto com atividades extras. Nessa que é minha última semana, me aparecem um artigo pro jornal, um resumo prum congresso, e um processo de tombamento... Não é por acaso a parede cheia de papeizinhos e lembretes.
E o que fazer? Somente chutar o pau da barraca, lembrar que hoje é uma promissora sexta-feira, que a verdade está lá fora... e se jogar!
Parte 2, madrugada da sexta para o sábado
Uma pequena brasa no escuro. É na verdade a ponta de uma piola de cigarro no chão. Há pés nesse chão e eles se mexem. Vou percebendo que há som, som alto e que o movimento dos pés é dança. Então noto que meu corpo também se mexe, e que isto tudo é uma boate chamada Borracharia. Nos fundos de uma borracharia, mas coisa fina. Embora não tão fina a ponto de ter um banheiro limpo.
Perceber o mundo na ordem inversa, da brasa pro todo, foi um baque, mas foi só um pequeno lapso depois de dançar como se fosse a primeira e última vez. Do jeitinho das dançadas mais intensas, de mais pura entrega ao ritmo, do passado. Como se fosse uma seqüência perfeita das canções certas na Non Stop e no Sanatório.
Meus fins de período são sempre fins de período. Provavelmente se um dia for professor, eles vão continuar sendo fins de período. Talvez até quando eu for aposentado eles continuem vindo como o natal e os verões, só que sem data certa. Não sei se é um estranho vício, uma falha minha ou uma contingência da vida, ou os três deles, mas todos os trabalhos sempre caem em cima da minha cabeça na última hora, e o que é pior, caem sempre junto com atividades extras. Nessa que é minha última semana, me aparecem um artigo pro jornal, um resumo prum congresso, e um processo de tombamento... Não é por acaso a parede cheia de papeizinhos e lembretes.
E o que fazer? Somente chutar o pau da barraca, lembrar que hoje é uma promissora sexta-feira, que a verdade está lá fora... e se jogar!
Parte 2, madrugada da sexta para o sábado
Uma pequena brasa no escuro. É na verdade a ponta de uma piola de cigarro no chão. Há pés nesse chão e eles se mexem. Vou percebendo que há som, som alto e que o movimento dos pés é dança. Então noto que meu corpo também se mexe, e que isto tudo é uma boate chamada Borracharia. Nos fundos de uma borracharia, mas coisa fina. Embora não tão fina a ponto de ter um banheiro limpo.
Perceber o mundo na ordem inversa, da brasa pro todo, foi um baque, mas foi só um pequeno lapso depois de dançar como se fosse a primeira e última vez. Do jeitinho das dançadas mais intensas, de mais pura entrega ao ritmo, do passado. Como se fosse uma seqüência perfeita das canções certas na Non Stop e no Sanatório.
2 Comments:
que legal, eu ontem estava também num bar que fica (ou ficava) dentro de uma borracharia. o nome do bar: Garagem.
ah, o bar tem o mesmo tipo de banheiro do seu.
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