sexta-feira, setembro 28, 2007

Quem mandou querer ser Indiana Jones?


Isso e mais coisas assim – umas melhores, umas piores – vai ser meu cotidiano pelos próximos meses.


Aceito ajudas com as transcrições.

segunda-feira, setembro 24, 2007

De volta à vida cadente


Foto de ontem de um Juliano franzino, abatido, e com olheiras (cortesia gustix). Eu não me comeria.

Engraçado isso: em Salvador, na casa alheia, com notebook quebrado, minha vida tava mais ou menos organizada e andando. Aí volto pro seio do lar e tudo desunera de novo. Danou-se.

Acho que me extraviaram na viagem de volta

quinta-feira, setembro 13, 2007

Quando Zé Celso olha nos seus olhos e diz 'bora', você simplesmente vai

Não chamaria o teatro do Oficina de experiência única, inigualável, inesquecível, mesmo ele sendo tudo isso. Não diria que é viver o que Lygia Clark e Hélio Oiticica propuseram, mesmo sendo isso e mais. O melhor é evitar o oba-oba e vê-lo no que ele tem de melhor: o fato de que é extremamente expressivo ao utilizar uma linguagem extremamente funcional.

Depois do fim de semana passado, percebo como contar 'Os Sertões' é cheio de dificuldades, e realmente não sei se seria possível fazê-lo no teatro-padrão, com bom efeito. Não consigo pensar canhões disparando contra igrejas realisticamente, num palco italiano, nem pensar toda a imensa dor de um povo reduzida a uma única mulher gritando, numa montagem minimalista. Depois que me vi envolvido no sangue e na areia do sertão, depois que os soldados passaram todos sobre minha cabeça, e deles só vi as sombras, depois que estive no meio do fogo cruzado de sementes de melancia, (depois que o cara de costeletas me deu uma bela pegada) só consigo achar que menos seria apenas isso: menos.

A montagem é cansativa e dispersiva, por vezes, atira em alvos fáceis demais, como Rosinha Garotinho e Condoleezza Rice, e no fundo está sempre presa à mundivisão de um diretor e sua trupe: imagino as próximas 15 montagens do oficina todas com orgias. Mas é assumidamente isso mesmo. Eles estão ali com o que têm e o que acreditam, estão ali mostrando o cu, e seria negar a si mesmo não comparar a própria resistência ao Shopping Silvio Santos com a resistência de Canudos.

Se ainda não fui suficientemente claro: vale não pelo que tem de experimental; vale porque a experiência dá muito certo; porque todo o som e a fúria funcionam; porque invade o participante por todos os buracos do corpo, e mexe fundo lá por dentro.

segunda-feira, setembro 10, 2007

(c) Leo 2007

, mas eu não te contei dos cheiros
quando saí da festa fiquei de frente com a cidade, toda oferecida e orgulhosa de si – decerto porque entrei no tal salão lhe dando com os ombros
e era aquela silhueta que se reconhece fácil, mesmo que toda preenchida de negro
havia as torres e um fundo de azuis turquesa que, por lhe serem diferentes, tornavam ela possível.
tudo saltando à vista
mas fechei os olhos e os outros sentidos se acenderam
ela começou a me contar de coisas que nem sei se quero tomar conhecimento disso por agora
e foi aí que uma brisa fria me trouxe os cheiros
eu procurava entre eles, mas eram muitos e se (me) confundiam
até as amêndoas se fizeram doces....
e ainda havia os dos desejos, que são tantos na madrugada...
, mas em meio à confusão a memória se quis amiga e enfim veio aquele cheiro, o mesmo que encharcou os meus braços da camisa naquele sábado ........................................................... ...................................................................................................................................................................................... .........................................................................................................................................