sábado, novembro 28, 2009
terça-feira, novembro 24, 2009
4x2012
2. Isto dito, as duas primeiras perseguições são fenomenais. Talvez porque não se trata de mocinho x bandido, mas de mocinho x planeta terra entrando em colapso. Ver arranha-céus inteirinhos deslizando, ver uma "decolagem" em que não é o avião que sobe, é o chão que desce, me fez me sentir com 10 anos de novo. Uma delícia.
3. Legal é ver que os heróis mudaram. Bonzinhos, altruístas, dispostos a arriscar a vida, eles ainda são. Mas não são mais aqueles caras durões e musculosos, e sim uns nerds escritores fracassados, cientistas sem adolescência. Deu pra me identificar (e agora, escrevendo isso, minha falta de identificação com os durões musculosos começa a explicar minha raiva dos filmes de ação).
4. Finalmente, talvez o mais interessante: depois do final idiota de sempre, uma bela ironia. Depois que o mundo acaba, alguns milhares de pessoas se salvam em três naves: uma dos Estados Unidos, uma para Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Canadá (eles devem achar o Canadá muito europeu ou muito grande pra dividir uma nave com eles), uma para Japão, China e Rússia (devem ser os "asiáticos estranhos, porém poderosos"). América Latina não existe, aparece apenas numa notícia de televisão da Globo News, com o Cristo desmoronando. África, não aparece nem na televisão. Mas, quando a poeira baixa, eles descobrem: a terra que restou, a terra prometida, é a África, que segundo um dos cientistas, "provavelmente nem foi atingida... é por isso que é o Cabo da Boa Esperança". Então bilhões de pessoas morrem, os poderosos se rasgam em operações de guerra para salvar alguns milhares... e a África, lá, podendo ter salvo todo mundo, esquecida.
domingo, novembro 22, 2009
A cera e a sereia
Catam os restos da festa, ou não catam; voltam pra casa melhores.
Voltam – não se tem notícia de um que dormiu por lá.
sexta-feira, novembro 13, 2009
segunda-feira, novembro 09, 2009
domingo, novembro 08, 2009
Click
Daqui até lá, faltam os mesmos anos que passaram desde então.
Passé composé.
sábado, novembro 07, 2009
A pig, on a cage, on antibiotics
I
Sexta-feira – delícia! Vamos fazer feira.
Um gozo pequeno e inesperado: hoje é sexta-feira, posso fazer feira; posso acordar amanhã cedo e arrumar a casa. Também um choque: que animal domesticado eu me tornei, sonhando com a liberdade da sexta à noite no Atacadão?
No Atacadão, porque é mais barato, com as lâmpadas fluorescentes, os donos de lanchonete, as famílias da periferia e baldes de 10kg de maionese.
II
Sexta-feira – delícia! Vamos sair.
O gozo de sempre: alucinógenos legalizados, pessoas, dentes e decibéis. Somente.
No Beco dos Cocos, porque é mais interessante: posso cheirar cocaína no seu carro? Não, não pode, sabe como é, a polícia, adeus.
III.
Sexta-feira – alívio. Vamos dormir.
O gozo pequeno e inesperado de voltar pra guardar em casa os itens supermercados. O mesmo choque: eu deitado na cama, bem protegido e confortado por pacotes de 16 rolos de papel higiênico, 20 sabonetes e 30 barras de cerais.